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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Capenga e maroto.

Minha postagem de hoje é um poeminha "mezzo" capenga, "mezzo" maroto, escrito no tempo em que as pessoas ainda enviavam fax!
Espero que seja do agrado.
Em tempo, antes que a confusão se estabeleça, a "Solange" é fictícia (só para dar rima).



MARCAS


Acendo um marlboro com meu isqueiro zippo,
No interior de meu fiat tipo.
A fumaça impregna minha camisa montecatini,
Já manchada pelos respingos de martini.
Sintonizo no dial a rádio cultura
E o locutor, que parece ter tomado uma 51 pura,
Anuncia mais uma canção de Gilberto Gil,
Entre uma e outra propaganda da amil.
Penso em tua pele cheirando a monange
Você, minha doce Solange.
Posso até ver você segurando um copo de amaretto,
Naquela noite chuvosa, no gigetto,
Quando você tirou seu tênis bamba,
Pisou nas poças, dançou um samba.
Você usava uma camiseta fórum
Na qual deixei o aroma de meu perfume quórum.
Depois da briga você jogou na rua os óculos vuarnet
E aquele lindo relógio cartier
Com os quais te presenteei na avenida Santo Amaro,
Quando você parou ao meu lado, em seu camaro.
Tive que tomar um lorax
E terminar tudo via fax.

Isso me deixou marcas.