os termometros passam dos 30 graus, nada melhor do que um soneto de amor para esquentar ainda mais:
EDIFÍCIO
Congelar a energia do início
É imprescindível a quem quer amar.
O amor deve ser sempre um vício
Daqueles bem difíceis de largar.
Pois senão logo vem o tempo
Com a mania de jogar por terra
Tudo e transformar em contratempo
A dor e a antiga paz em guerra.
Escapar dessa terrível sina
É preservar o amor mais propício
À alma que dele se ilumina.
Conservar intacto esse edifício,
Evitar que chegue logo à ruína
É congelá-lo logo no início.