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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Instigado e incentivado...

acabei voltando a cometer alguns sonetos. Este é da nova safra!



O BOM CLARINETISTA

Valho-me de gim para perfumar o futuro
Ouço canções para cimentar a amargura
Escrevo de primeira sem evitar rasura
Venço as guerrilhas diárias e perduro.
Se preciso exercito meu talento cênico
Distribuo sarcasmo sem ninguém em vista
Admiro aquele que é bom clarinetista
Pior sorver indiferença ao amargo arsênico.
De ambições tenho uma extensa lista
Bem mais longa que meu rol de bens
Na vida sou mero estudante bolsista.
Já perdi na história o imperdível trem.
Mas hoje parafraseio o velho fabulista
Sirvo-me de animais para instruir o homem.