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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A produção poética

é inconstante, mas não significa que tenha um fim. Daí esse poema novíssimo
em folha!


CERTEZAS

Certezas flácidas e temores concretos.
Eis a causa da desventura.
Por gostar de papos certos e de carne dura,
Nunca vivi amores abertos
E só amei estar amando.
Pulando etapas fui enganando
Construindo pistas de autorama
Na cama de quem me atura.
Ou então costurando amargura
Com a agulha fina do drama.
Entenda como quiser.
Só não entende quem não quer.
E desde sempre questionei o amor
Perguntei para a dor se ele existe
Ou se é só um chiste de escrevinhador,
De quem inventa a dor do amor
E se confrontado insiste.
Quase sempre invento o amor
Onde sei que ele não persiste.
E se ele me mata aos poucos
Saio atirando e permaneço incólume
Gritando que todos estão loucos.
Entenda como quiser.
Só não entende quem não quer.