Total de visualizações de página

quarta-feira, 16 de março de 2011

Há algum tempo....

Não postava um soneto aqui. Então hoje resolvi postar este, escrito há muitos e muitos anos.



SEDA NEGRA


Esses teus cabelos de seda negra,
Esse teu rosto de contorno grego,
Não cabem dentro de nenhuma regra
Mas na doçura de teu desassossego.
Essa pele morena que incendeia,
Esse carinho leve que desconcerta
Me envolvem como a um inseto a teia
Deixando a alma escancaradamente aberta.
Não provarei de teu mortal veneno
Enquanto o medo não me abandonar,
Enquanto não curar essa dor do mundo.
Resistirei a esse olhar moreno
Enquanto resistir a razão salutar
Que irá durar apenas um segundo.