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sábado, 28 de agosto de 2010

Escrevi mais de 100 sonetos...

Porque acho bacana e ponto, apesar de já ter percebido alguns olhares de escárnio mal disfarçado quando digo isso. Aqui vai mais um deles...




CALMARIA


Quanto mais se faz pontiaguda
A flecha certeira desse cupido,
Mais com certeza fica dolorido
O alvo atingido e a dor aguda.
Hoje porém assim não sinto.
Apenas pressinto que a calmaria
Terna e morna de todos os dias
É a verdade de meu sonho suscinto.
É a mansa saudade que amadurece
E incandesce a tarde mais sofrida
De um amor que não dói nem arrefece.
Este o mais puro, da brasa nascida
E alimentada no calor diário
Que a alma acolhe eterno e agradecida.