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terça-feira, 8 de junho de 2010

Solidão definitiva?

Ah, as manhãs ensolaradas de inverno...
Elas nos fazem mais felizes do que achar dinheiro no bolso de um casaco antigo.
Pelo menos para mim.
Daí é inevitável pensar no amor.
Aí vai mais um soneto cometido em nome dele. Ele é o culpado.



SOLIDÃO DEFINITIVA

A noite é longa e fria.
Não me é dado saber o porque,
Nem como, mas só penso no que
Tua ausência me causaria.
Penso em não estar contigo
Tanto quanto na solidão definitiva
Que improvável, todavia aflitiva,
Azeda a vida, destila o castigo.
Penso em você agora e talvez
Como se incerta a tua permanência,
Como se fosse a última vez.
Tento adequar meu paladar à ciência
De sorver a doçura que brota abundante
Do sorriso que traduz tua transparência.