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quinta-feira, 3 de junho de 2010

ÚLTIMO SONETO!

Não, não se animem antecipadamente. Esse não é o último soneto que postarei aqui. É apenas o nome dele!


ÚLTIMO SONETO

Gostaria de escrever um soneto forte,
Pesado, verdescuro, indecente,
Que chocasse os estômagos e mentes,
E fosse seco e frio como a morte.
Seu conteúdo sujo e sufocado
Seria como os desencontros da vida
As desilusões mais amplamente doloridas,
Num contexto de rio ressecado.
A frieza de seus versos causaria
Ou asco, dispnéia, hidrofobia,
Ou indiferença de nem fazer careta.
Acinzentado em sua única faceta
Seria ele meio, fim e com o qual
Me vingaria do mundo com a caneta.