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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aqui vai mais um...

dos meus intermináveis sonetos!




CONGELANDO


O vento frio que me vem ao rosto
Traz um gosto acre de saudade
E as ruas tristes da cidade
A verdade de um eterno agosto.
O sangue, lentamente congelando,
Furta a minha última gargalhada,
Atrapalha a minha melhor piada
E do tempo vou me desligando.
A mão direita aos poucos endurece
E os versos escapam mutilados
Enquanto a alegria adormece.
O amor está desempregado
E o coração, sem ter o que carece,
Vai parando, vazio e congelado.