Total de visualizações de página

sábado, 22 de maio de 2010

Letra nova.

Neste sabadão bacana resolvi postar uma letra nova, ainda sem música que a jogue no solo e lhe faça mulher.
É a história de Zé Mosca e Stephanie Laura.
Qualquer semelhança com Cyrano é mera coincidência.




Zé Mosca conheceu Stephanie Laura, num baile funk da vida, na comunidade ao lado.
Depois de reconhecer o seu território, se benzeu, beijou a santinha, pra evitar qualquer mau olhado.
Ensaiou uma frase feita pra deixar a gata bem acesa: “mulher se você fosse sanduíche iria ser um X- Princesa”.
E partiu para cima de Stephanie com muita fome mas na hora suou, gaguejou, tropeçou e esqueceu o seu nome.
E recuou pensando o que faria para conquistar aquela deusa que morava com a tia lá na Rua B,
A vida é dura e Zé disso bem conhecia e foi à luta do melhor jeito que sabia.

Botou anúncio romântico na rádio da comunidade,
Dedicou música lenta para Stephanie anonimamente,
Mandou buquê de flores comprado em loja da cidade,
Andou muito mais para trás do que pra frente.
Pediu ao Zé Caneta um poema dedicado a ela,
Mandou pelo correio o sonetinho esperando o porvir,
E ficou lá achando que era um Zé Ruela, requenguela
Porque ela nem soube que era ele o Shakespeare,

Ocorre que Stephanie Laura, recém saída da fralda, nunca tinha sido cantada assim
E se encantou com o bardo que escreveu aquelas palavras e que escrevia lindo como ninguém,
Tentou, pelejou e acabou descobrindo o autor da proeza e começou a sentir um amor que não tinha fim,
No fim da história o chato é que o Zé perdeu a morena porque o Zé Caneta se deu bem.

Pra quem acha que tudo acabou, dançou porque além disso tudo, Zé Mosca possuía uma Beretta,
Sem registro etecetera e tal, lascada e meio enferrujada mas de perto ainda era uma arma letal,
Então o Zé pegou os dois no flagra dentro do barraco e apagou Stephanie e de quebra o Zé Caneta,
Saiu pelo bairro falando que era o bamba e se alguém se envolvesse ele ia matar geral,
Acabou no fim da Vila, da vida e da espera, pegou dois reféns e foi cercado pelo GATE
Se escondeu na quebrada, num conjunto residencial
Gritou da janela não me mate, não me mate
E se entregou exigindo OAB, rádio, TV e uma cela especial.