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terça-feira, 26 de abril de 2011

Mais um

soneto antigo, recuperado no fundo de uma gaveta!


NOITES MAL DORMIDAS

Meu sono acaba em soluços abafados
E se acordo, apenas eu e a lua,
Há de ser você, faminta e nua
A povoar meus sonhos acumulados.
Sinto frio e eventualmente choro
Ao inflar os pulmões com o ar maculado
De teu calor e do perfume destilado
Em minha pele e no lençol sonoro.
Ah, sempre a tua ausência dolorida
Transformando-me em meu próprio algoz
E no de minhas noites mal dormidas.
Mas tua presença no dia seguinte,
Incerta como inesperada a partida,
Me faz perplexo, observador e ouvinte.