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quinta-feira, 31 de março de 2011

Às vezes é bom....

deixar a mente vagar por aí e escrever a primeira estória absurda que nos aparece!



ESTÓRIA ALEATÓRIA SOBRE UMA POBRE RIMA



Vi um ET dançando salsa sobre um disco voador.
Juro.
Tirei uma foto e mandei para os jornais.
Furo.
Fui ao primeiro bar e tomei o primeiro uísque.
Puro.
Vi que estava sem dinheiro para pagar a conta.
Duro.
Tomei mais dois uísques, já que não ia pagar mesmo.
Apuro.
Saí na moita e com vontade de mijar.
Muro.
Terminado o ato parei para escarrar.
Verdescuro.
Ergui a cabeça e continuei a caminhar.
Futuro?

sábado, 26 de março de 2011

Mais um...

soneto perdido no tempo, que achei por acaso!


SENHORITA

Tem tanto charme essa linda morena
Que mesmo pequena essa senhorita
De tão dengosa, cheirosa e bonita
Não tem de meus olhos nenhuma pena.
E aquele seu beijo que me perfuma
Calmo, profundo e tão diferente
Me faz crer que a morena, inclemente,
Não tem de minha boca pena nenhuma.
E me ama e me ama tão fervente,
Que minha alma, isolada em quarentena,
Sofre de um calor tranqüilo e doente.
Chegou de repente essa linda morena
Que de meu coração afluente
Não tem, de fato, nenhuma pena.

segunda-feira, 21 de março de 2011

E hoje voltamos com os Colóquios Insensatos!!!

COLÓQUIOS INSENSATOS 11


- Aí Luiz Augusto, aaaiiiii....isssso....
- Vem cá Juju, deixa eu te pegar.....vou te beijar todinha todinha...
- Aaaai Luiz Augusto, que boooommm........
- Chhhuip......smack.......
- Isso Luiz Augustinho.....vai descendo.......aaaaaaiiiiii.......issso....
- Smack.....chhhuip......
- desce mais Guguzinho....isssso.....aí messsmo....uuuuuiiiiiii....
- Chhhhuip....smack......
- Desce mais Lu.....isssso....desce mais....desce mais......que loucura....
- Smack.....chhhhuip.....
- Desce mais.....desce mais.....MAIS.............porque você parou Luiz Augusto?!
- Juliana....prá descer mais só se eu descer da cama!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Há algum tempo....

Não postava um soneto aqui. Então hoje resolvi postar este, escrito há muitos e muitos anos.



SEDA NEGRA


Esses teus cabelos de seda negra,
Esse teu rosto de contorno grego,
Não cabem dentro de nenhuma regra
Mas na doçura de teu desassossego.
Essa pele morena que incendeia,
Esse carinho leve que desconcerta
Me envolvem como a um inseto a teia
Deixando a alma escancaradamente aberta.
Não provarei de teu mortal veneno
Enquanto o medo não me abandonar,
Enquanto não curar essa dor do mundo.
Resistirei a esse olhar moreno
Enquanto resistir a razão salutar
Que irá durar apenas um segundo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Qualquer semelhança....

Com fatos e pessoas reais, trata-se apenas de mera coincidência. Segue um conto da nova safra!




A PAIXÃO DE DEJANIRA


Dona Dejanira não saia do lado do leito de seu marido no hospital. Há duas noites dormia na poltrona, contrariando os médicos que recomendavam cuidados em razão de sua idade. 82 anos bem vividos. Mas ela achava, porque precisava achar, que Frederico Augusto, aos 88, necessitava de sua presença. Recebia as visitas dos filhos e parentes no hospital com a jovialidade e o frescor de uma menina. Conversava longamente com os filhos, noras e netos e parecia não precisar de descanso. Ela achava que devia isso ao marido, que cuidou dela como uma princesa durante tantos anos.

Frederico Augusto escorregou e caiu no quintal de casa. Fraturou o fêmur. A idade avançada impedia procedimentos cirúrgicos. Deitado, passou a ter problemas respiratórios que se agravaram muito. Os médicos não davam esperanças a Dona Dejanira. Era questão de dias, talvez de horas.

Na São Carlos de 1946 Frederico Augusto conheceu Dejanira num baile. Recém formado em direito na capital encantou-se perdidamente pela moça clara, de olhos azuis e semblante tranqüilo. Ela não notou a presença dele. Estava com o coração em outro lugar. Seu namorado desde os 12 anos de idade, André, estava partindo para a capital para estudar medicina. Naquela época isso significava fim de namoro em razão de distancias intransponíveis e comunicação precária. Restariam as cartas, mas as cartas amarelam com o tempo. Chegaram a pensar que poderiam se casar imediatamente, mas por qualquer motivo as famílias não concordariam e o assunto se perdeu. Frederico Augusto procurou saber quem era a moça Dejanira. Insistiu tanto que namoraram, casaram e tiveram dois filhos homens. Juiz de Direito, Frederico Augusto mudou-se com a família para Ribeirão Preto e depois para a capital, onde os filhos foram criados. Dejanira nunca mais ouviu falar de André.

O médico entrou no quarto e foi definitivo com Dona Dejanira, que estava cochilando. Ela deveria chamar os filhos naquela madrugada. O quadro se agravara muito. Os filhos chegaram já com olhos vermelhos, os demais parentes foram avisados, mas por volta das 4 da manhã, na UTI, Frederico Augusto começou a reverter a gravidade. O médico se mostrou surpreso. Como um homem tão franzino e idoso poderia melhorar tanto e em tão pouco tempo? Mantiveram-no em coma induzido. O quadro respiratório era estável. Talvez isso durasse mais alguns dias, talvez meses. Os médicos não sabiam dizer.

Aquele corpo marcado pelo tempo voltou para o quarto e Dona Dejanira estava mais aliviada com ele ali ao seu lado. Mesmo que inerte, calado.

Na tarde de uma terça-feira chuvosa a porta do quarto de hospital se abriu e uma senhora baixinha e bem vestida entrou. Dona Dejanira levantou-se rapidamente e já disse: “acho que a Senhora se enganou de quarto”. “Não me enganei não Deja”, disse a senhorinha referindo-se a ela pelo apelido de moça. “Não lembra mais de mim né?” Dona Dejanira apertou os olhos, observou por alguns segundos aquele rosto pequeno e com um largo sorriso disse bem alto: “Ana Cecília”!!!

Na infância e juventude foram amigas inseparáveis. Confidentes, irmãs, comadres, enfim, aquelas amizades que a gente leva pela vida afora e de vez em quando sente saudades pensando em como estará aquela pessoa. Há muitos anos não se viam!
Conversaram longamente, sobre tudo e todos, passado e presente. Ana ficara sabendo das condições de Frederico Augusto através de amigos. Pena que Fredinho estava em coma, pensou Dejanira. Ele adoraria ver Ana Cecília. Depois do longo papo Ana enfiou a mão dentro da bolsa e a deixou lá por alguns instantes dizendo: “Deja, eu preciso me retratar com você e corrigir um erro terrível. Nem sei se você vai me perdoar”. Dona Dejanira perdeu o sorriso e esperou o que viria. “Lá em São Carlos, na época em que o André veio pra Capital, lembra?” disse Ana. “Sim”, limitou-se a responder Dona Dejanira. “Pois é”, continuou Ana, “como eu era a sua melhor amiga, ele me deixou uma carta e pediu que eu a entregasse a você assim que ele partisse, mas eu não entreguei”, disse isso já puxando o envelope amarelado da bolsa. O velho coração de Dona Dejanira bateu mais forte e ela perguntou: “como assim não me entregou”? “É uma longa história Deja, mas antes leia a carta”.

Dona Dejanira abriu o envelope e suas mãos tremiam um pouco. Começou a ler aquelas palavras escritas com caneta tinteiro de cor azul. Uma letra bonita que ela reconheceu imediatamente como sendo a letra de André, que na época da letra bonita ainda não era médico. Entre juras de amor eterno ela leu as seguintes palavras: “por isso meu amor, não posso viver longe de você. Pensei muito e quero pedir a sua mão em casamento. Não me importa se nossas famílias acham que somos novos demais, se eu não tenho ainda condições de sustentá-la como você merece. Acho que temos que nos casar agora, não deixar para depois, e você vem morar comigo em São Paulo. Você é o amor da minha vida e quero começar a minha vida ao seu lado. Se você pensar assim também e estiver disposta a fazer sacrifícios no começo, me escreva e eu voltarei para te buscar, nem que tenhamos que fugir. Seu, eternamente, André”.

As lágrimas vieram imediatamente aos seus olhos. “Ana, como você pode me esconder essa carta? Isso mudaria toda a minha vida! Você sabe muito bem o quanto eu o amava! Eu largaria tudo e me casaria com ele, você sabe....” “Sim Deja, eu sei. Por favor me perdoe se você puder. Esse segredo eu nunca te contei, traí a sua confiança. Eu também era secretamente apaixonada pelo André e tinha esperanças de que se ele te esquecesse, quem sabe se apaixonasse por mim. Não é justificativa...eu sei. Ele era o moço mais bonito da cidade, alto, forte, de boa família. Era tudo o que uma moça poderia querer, por favor me perdoe”. “Sim Ana, eu sei, eu sei e desconfiava que você gostasse dele também, mas isso?!...como eu não respondi a carta ele deve ter imaginado que eu não queria me casar com ele”! “Ah meu Deus....” disse Dona Dejanira levando as mãos ao rosto.

“E o que aconteceu depois?” perguntou Deja. “Depois de um tempo ele ficou arrasado, realmente pensou que você não queria se casar. Até hoje não entendi bem porque ele não escreveu diretamente a você, timidez, receio talvez. Me escreveu algumas vezes perguntando de você, até que eu disse que você estava de casamento marcado com o Fredinho. Só então ele resolveu que iria te esquecer. Se casou em São Paulo, teve duas filhas e alguns anos depois sua esposa faleceu. Hoje ele é viúvo e eu ainda mantenho contato com ele, de vez em quando. Eu também já contei essa história para ele e ele me perdoou. Quer te encontrar”. “Como assim???” perguntou Dona Dejanira. “Deja, eu estou aqui para tentar corrigir esse meu erro terrível. Sei que agora é tarde, mas ele sabe que o Fredinho está quase morrendo e quer apenas te encontrar e conversar. Ele se aposentou como médico e mora aqui perto, inclusive”.

Frederico Augusto teve várias recaídas. Três paradas cardíacas e foi ressucitado com sucesso; e permanece em coma. Dona Dejanira, sentindo-se uma adolescente, passou a se encontrar secretamente com André, agora um senhor muito distinto. Com menos cabelos, é verdade, mas com o mesmo porte e os mesmos olhos verdes faiscantes que ela adorava. Saem para almoçar, para jantar, vão ao teatro, a bons restaurantes e passam muito tempo na casa dele. Muito tempo. Os filhos, que nem imaginam isso, acham que Dona Dejanira remoçou uns dez anos e, inexplicavelmente, anda arrumando o cabelo e até comprando lingerie.

Quando alguém pergunta do marido Dona Dejanira diz: “O Fredinho?.....ai meu Deus....é incrível né....mas ele não morre!!!”

terça-feira, 1 de março de 2011

Hoje, com o humor...

abaixo da linha do Equador, posto um poeminha despretensioso que eu gostaria de dedicar a algumas pessoas!




TECNOLOGIA


A sony e a motorola estão finalmente fabricando
A última geração de desconfiômetro digital.
É informatizado, tem bip e vibra-call.
Vou te dar um no natal.