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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sim,

Aqui estou novamente para apresentar um novo soneto!


SIM

Eu digo muitos mais sins do que nãos.
A palavra sim diz logo a que veio.
É arma cortante que tenho nas mãos
Para assassinar a dúvida em seu seio.
Quando a pergunta vem sorrateira a bordo
Respondo um claro e inconfundível sim.
Não digo: “é, pode ser, concordo...”
Não existe meneio que perdure em mim.
E ainda que a questão insista, enfim
Surda por que quer e imune ao sim
Não existe mais nenhuma alternativa
A não ser manter a palavra viva
E numa brusca e última tentativa
Pronunciá-la novamente e fim.